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A grande noite do Grammy Awards

Eduarda Monteiro

A celebração da 63ª cerimônia do Grammy bateu recordes e teve funk nacional.

O ano de 2021 teve uma celebração um tanto quanto diferente da mais tradicional das premiações musicais. Bem distante das plateias lotadas que ovacionavam cada categoria citada e cada performance realizada, o evento esse ano teve de ser moldado às atuais condições pandêmicas. As mesas afastadas, palcos afastados e todos de máscara, mas mesmo em tais limitações, a noite entrou para a história.


A noite foi aberta por Harry Styles, que performou seu maior hit, Watermelon Sugar, trajado em couro e plumas, tudo desenhado e idealizado por Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci. Styles parecia estar em casa durante sua apresentação, contando com suas típicas dancinhas e sua irreverência característica, mas Harry não compareceu somente para cantar. Pela primeira vez como indicado, o cantor já garantiu sua estatueta, levando o prêmio de Melhor Performance Pop Solo, justamente com "Watermelon Sugar".


Dua Lipa abusou da estética pink vintage, abrindo sua apresentação memorável com um longo e luxuoso vestido, enquanto cantava "Levitating". Suas transições impecáveis à levaram à mais duas trocas de roupa e à mais um hit consagrado seu: "Don't start now", dividindo o palco com o rapper DaBaby. Indicada como forte concorrente em todas as suas categorias, Dua levou o prêmio de Melhor Álbum Pop Vocal com "Future Nostalgia".


Taylor Swift já tem seu nome marcado no Grammy há anos, mas sempre faz questão de lembrar o público o motivo de sua consagração. Transitando entre seus álbuns Folklore e Evermore, Swift iniciou seu medley cantando "Cardigan" em um telhado coberto por musgos e grama, entrando completamente no universo de sua obra Folklore. Taylor assemelhava-se à uma fada de seu próprio reino encantado. Após a primeira parte de sua performance, a cantora transitou para "August", cantando e tocando seu violão junto a seus colaboradores musicais, direto de uma casinha onde todos pareciam gigantes, finalizando sua apresentação com "Willow", cantando docemente, girando seu lindo vestido. Como esperado, Taylor levou a categoria mais aguardada da noite, Álbum do Ano, ou AOTY, como é popularmente chamado, tornando-se a única mulher à garantir três estatuetas na categoria.


Bruno Mars e Anderson Paak, os Silk Sonic, abrilhantaram a noite performando o single que abre alas para o álbum que ainda não foi lançado. "Leave the Door Open" foi apresentada pela primeira vez ao vivo, contando com uma estética característica de Bruno Mars, nos trazendo de volta aos anos 70, assim como em seus clipes, principalmente nos relembrando seu hit "Treasure". Mars e Paak retornaram aos palcos mais tarde, prestando um tributo a Little Richard. Anderson também garantiu seu prêmio, na categoria Melhor Colaboração de Rap.


Uma das apostas da noite foi, sem dúvidas, Megan Thee Stallion. Performando seu carro chefe "Savage", Megan logo emendou uma apresentação memorável de "WAP", juntamente com Cardi B. Em uma cama gigante, as duas cantaram e dançaram sua colaboração sensual, contando até mesmo com um pequeno trecho de Pedro Sampaio, DJ brasileiro, logo seguindo uma batida típica do Brasil, onde as cantoras e suas dançarinas rebolaram com muita familiaridade ao ritmo. Como aguardado, Megan levou três estatuetas, sendo elas: Artista Revelação, Melhor Canção de Rap, com "Savage Remix" e Melhor Performance de Rap, também com "Savage Remix".


Um recorde histórico também foi quebrado ontem. Beyoncé tornou-se a artista mais premiada em toda a história do Grammy Awards, com 28 prêmios. Beyoncé superou a violonista Alison Krauss, e teve empate com o empresário musical Quincy Jones como o artista vivo com maior número de Grammys. Somente na noite foram quarto categorias vencidas, levando Melhor Clipe com "BROWN SKIN GIRL", Melhor canção de Rap com "Savage Remix", junto à Megan Thee Stallion, Melhor Performance de Rap, também com 'Savage Remix" e Melhor Perfomance de R&B com "Black Parade".


Imagens: Via Twitter












 
 
 

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